01 abril 2009

St Maarten ou Saint Martin? Linda e globalizada...








Saint Maarten foi uma ótima viagem surpresa. Trabalhava na revista Forbes na época e minha chefe como não podia ir, me mandou para lá. Foi ótimo, além de conhecer mais um lugar paradisíaco, ainda escrevi a matéria para a revista, que vem logo a seguir.











Quem se lembra de Saint Maarten apenas como a ilha que foi destruída pelo furacão Louis em 1995 pode começar a pensar diferente. O lugar foi reconstruído e está pronto para mostrar suas mais de 30 praias paradisíacas com toda confortável infra-estrutura para turistas do mundo inteiro.
Dividida em 1816 entre franceses e holandeses, a parte sul pertence às Antilhas Holandesas junto com Santa Eustácia Saba, Curaçao e Bonaire, todas autônomas, e a parte norte à França. Essa divisão é imperceptível graças ao espírito de amizade que reina entre as duas populações.
Mesmo com tempo nublado, o que seria uma decepção para qualquer visitante num destino onde as praias são as protagonistas, conhecê-las é uma experiência válida. A beleza natural e a cor da areia e da água, realmente tornam a visita do sol um mero detalhe. Mas, no Caribe, o astro rei nunca demora a aparecer. Outro aspecto que impressiona são as construções, em quantidade expressiva, subindo em ritmo acelerado de hotéis e condomínios de luxo.
As marinas, que contam com uma segurança especial, tanto do lado francês como do holandês, possuem um movimento muito intenso de visitantes dos Estados Unidos e Europa durante todo o ano. Um barco, geralmente um mega-iate, contrata em média 50 funcionários com um salário de no mínimo US$ 2 mil por mês. Os campos de golfe também são obras de grande importância, já que o esporte é muito solicitado pelos turistas.
Qualquer pessoa que queira vir para uma das ilhas vizinhas, como Saint Barthelemi, Anguilla ou outra próxima, precisa passar por Saint Maarten e pegar outro avião ou barco e este movimento é importante para a economia local.
Para quem gosta de fazer compras, Saint Maarten é o paraíso. Toda a ilha é um porto livre de impostos. Pode-se encontrar desde o seu perfume preferido até uma jóia de ouro e brilhantes. Quanto aos eletrônicos, você encontra tudo. Os preços são muito atraentes. O centro de compras de Philipsburg, capital do lado holandês, vale várias visitas. A moeda usada é o dólar americano e a cidade está toda reformada, novinha. A orla mostra um calçadão com coqueiros, muitos restaurantes e cafés que dão um charme especial ao lugar.
Na rua principal de compras, a Front Street, você encontra um número surpreendente de joalherias, lojas de perfumes e cosméticos, roupas, eletrônicos, bebidas e é claro, lembranças da cidade. A capital também possui uma feria fixa onde comercializa seu artesanato local, que é muito colorido e atraente aos olhos dos turistas.
Os restaurantes da ilha são muito gostosos, com uma decoração sempre bonita e pratos excelentes, a maioria deles possui logo na entrada um viveiro de lagostas, que, aliás, sobram por lá. Outra dica muito boa são os coquetéis fantásticos. O drink principal da ilha é o guavaberry colada, uma bebida à base de licor de guavaberry, uma fruta típica de Saint Maarten, e não deixe de trazer uma garrafa. Para quem gosta de jogar, ainda tem o casino em Pitsburg. Muito bonito e lotado de jogadores, este também é uma ótima opção para quem gosta ou só para conhecer.
Na capital do lado francês Marigot, a moeda usada é o euro, mas o dólar americano também é aceito. Um passeio prazeroso é passear pela Marina Royale e ir à feira de artesanato. Lá também encontramos as lojas de perfumes, cosméticos, bebidas, roupas e eletrônicos. Se preferir um shopping Center, a opção é o West Indies, bem do lado direito da marina. Muito chique é o único da ilha.
Nos dias ensolarados as praias brilham com a areia branca. Podemos começar pela Oriental Beach, no lado francês, a praia mais agitada, com vários restaurantes, bares, quiosques e aluguel de para-sail.

















O restaurante Kon Kiti tem uma extraordinária cozinha francesa e sua localização não poderia ser melhor. Do lado holandês, não se pode deixar de ir às praias Mullet e Cupe Coy com águas incrivelmente transparentes e os peixes, já acostumados com o movimento, nadam do nosso lado na maior tranqüilidade.




Na praia de Maho Beach, podemos ver os aviões chegando à ilha, pois fica do lado do aeroporto, você vê o avião gigante passando na sua frente, uma experiência emocionante!!!
Outra coisa muito interessante e um pouco bizarra que aconteceu, foi quando fomos visitar uma ilha em um passeio de barco. A ilhota é linda, a cor da água é de um azul quase royal. Bem chegando lá fomos passear pela praia e logo encontramos uma barraca com lembranças para comprar. O dono, um senhor já com seus quase 70 anos, muito simpático, tinha um corpo magro e usava uma pequena sunga vermelha. Logo que chegamos ele veio conversar. Contou quase que toda a sua vida naqueles minutos. Resumindo, a filha dele morava no Brasil, país que ele adora e visita com uma certa frequência e quase todas as lembranças que ele tinha naquela barraca foram compradas na Rua 25 de março, isso é que é globalização não é???